Quem foram os povos antigos que construíram as notáveis tumbas megalíticas de Málaga?

Milhares de anos atrás, na deslumbrante paisagem de Málaga, Espanha, foram erguidos dólmenes megalíticos que ainda guardam mistérios antigos, atraindo a atenção de turistas. Essas construções, conhecidas como o Dolmen de Viera e o Dolmen de Menga, foram oficialmente descobertas no início do século 20 por Antonio e José Viera, dois irmãos da província de Málaga. Embora tenham sido construídas em épocas diferentes, os dólmenes compartilham uma orientação especial, voltada para o sudeste a 96°, alinhada com o solstício de verão.
O Dolmen de Viera (imagem abaixo) é o menor dos dois, situado sob um monte com um corredor longo que leva à câmara mortuária. Embora esta seja relativamente pequena, com 200 cm de altura e 180 cm de largura, a precisão na preparação das pedras que a compõem impressiona. Os construtores dedicaram tempo para polir as pedras cuidadosamente, garantindo que elas se encaixassem perfeitamente.

O Dolmen de Menga (imagem abaixo), mais antigo, data de cerca de 5.000 anos atrás e foi construído para servir como sepultura para as famílias que governavam a região. Ambos dólmenes revelam uma continuidade de pensamento religioso e ritual que remonta a tempos pré-históricos.

Os construtores dessas impressionantes estruturas eram membros de comunidades agrícolas que habitaram o fértil vale do Guadalhorce, que remonta ao Neolítico e à Idade do Cobre. Embora suas origens permaneçam incertas, os dólmenes atestam suas crenças religiosas e sua reverência ao sol, representando uma forma única de se conectar com o passado antigo.
Enquanto as antigas religiões foram esquecidas ao longo do tempo, a magnificência dessas construções foi reconhecida por organizações como a UNESCO, que as protege como parte do patrimônio mundial. Cada amanhecer nas proximidades dos dólmenes de Viera e Menga é uma lembrança vívida do poder do sol e da importância desses monumentos na história da humanidade.
Fonte: Ancient Origins