Mapas estelares de 40.000 anos com conhecimento avançado de astronomia moderna

27/05/2023

Em 2008, um estudo científico demonstrou um fato assombroso sobre os humanos paleolíticos – inumeras pinturas rupestres, algumas das quais com 40.000 anos, eram na verdade evidencias de astronomia complexa que nossos ancestrais primitivos obtiveram no passado distante.

As pinturas antigas (ou pinturas rupestres) que se imaginava serem símbolos de animais pré-históricos são, na realidade, antigos e avançados mapas estelares, de acordo com o que os pesquisadores descobriram em sua extensa analise.

A arte rupestre antiga mostra claramente que os seres humanos antigos tinham um conhecimento altamente avançado do céu noturno na última era glacial. Intelectualmente, eles não eram muito diferentes do homem moderno. Mas essas pinturas rupestres em particular revelaram que os humanos tinham um conhecimento sofisticado de estrelas e constelações há mais de 40.000 anos.

Antigos mapas estelares

Segundo um estudo científico recente realizado e publicado pela Universidade de Edimburgo, os humanos antigos monitoravam a passagem do tempo observando como as estrelas mudavam de posição no céu. As antigas obras de arte, encontradas em vários locais da Europa, não são meras representações de animais selvagens, como se pensava.

Na verdade, os símbolos mostrando animais representam constelações de estrelas no céu noturno. Esses simbolos são usados para representar datas, indicando eventos como colisões de asteróides, eclipses, chuvas de meteoros, nascer e pôr do sol, solstícios e equinócios, fases lunares e etc.

Os cientistas sugerem que os povos antigos entenderam perfeitamente o efeito causado pela mudança gradual no eixo de rotação da Terra. A descoberta desse fenômeno, chamado de precessão dos equinócios (movimento cíclico realizado pela Terra ao redor do plano de sua eclíptica), foi creditada anteriormente aos antigos gregos.

Um dos principais responsaveis pelo estudo, Martin Sweatman, da Universidade de Edimburgo, afirmou: "A arte rupestre mostra claramente que os antigos possuíam um vasto conhecimento avançado do céu noturno na última era glacial. Intelectualmente, eles eram praticamente como os seres humanos modernos. Essas descobertas provavelmente mudarão completamente a maneira como as populações pré-históricas são vistas".

Os cientistas concluíram que essas incríveis pinturas rupestres são uma evidência clara de que os humanos antigos praticavam um método sofisticado de cronometragem baseado em cálculos astronômicos.

"A escultura mais antiga do mundo, o Homem-Leão da caverna Hohlenstein-Stadel, de 38.000 aC, também foi considerada compatível com esse antigo sistema de cronometragem", revelaram especialistas em comunicado da Universidade de Edimburgo.

Acredita-se que a misteriosa estatueta comemora o impacto catastrófico de um asteróide que ocorreu há cerca de 11.000 anos, iniciando o chamado Younger Dryas Event, um período de resfriamento repentino do clima em todo o mundo.

Conclusão

Assim, esta grande descoberta revela a verdade de que os humanos tinham uma compreensão complexa do tempo e do espaço milhares de anos antes dos antigos gregos, a quem são creditados os primeiros estudos da astronomia moderna. Não apenas estes, existem vários outros exemplos, como o Planisfério Sumério, o Nebra Sky Disk, o Babylonian Clay Tablet etc., que implicam um conhecimento mais sofisticado da astronomia moderna que nossos ancestrais adquiriram.

Fonte: Ancientic