A rocha que relata o fim da prosperidade no Egito

09/10/2021

A história do Egito continua sendo uma inspiração para muitos historiadores hoje. Suas histórias enigmáticas e curiosas atraíram a atenção de milhões de pessoas ao longo dos anos. Uma delas é uma gravura enigmática que conta o fim da prosperidade que assolou o país e como eles sobreviveram.

Hoje vamos falar sobre um vestígio arqueológico que corresponde à sétima dinastia. Este importante objeto conhecido como Estela da Fome nos ensinará detalhes interessantes.

De acordo com muitos especialistas em egiptologia, existem dados arqueológicos de todos os períodos dinásticos. Graças a essas descobertas, os especialistas registraram os detalhes do mais antigo império conhecido do mundo. Deve-se notar que existem cerca de três milênios de história por trás das grandes curiosidades egípcias.

O que é a Estela da Fome?

A estela da fome consiste basicamente em um roteiro com trinta e duas colunas. O texto está gravado até hoje no lado leste de uma pedra localizada na ilha de Sehel. Há um afloramento rochoso lá, entre o qual está este famoso vestígio arqueológico do Egito. A informação é do 18º ano do governo de Necherjet-Dyeser, também chamada de Zoser, mas foi introduzida no monumento no período ptolomaico.

Apesar das outras dinastias terem testemunhos suficientes, não podemos dizer o mesmo do número VII (7). As informações sobre este período são quase nulas, há muito pouco conhecimento sobre esta época e seus eventos. Até os vestígios arqueológicos primam pela ausência, com exceção da famosa Estela. Este texto foi descoberto por Charles Wibour exatamente no ano de 1889 e desde então seu texto foi preservado intacto. Da mesma forma, seu valioso conteúdo passou pelas mãos de vários egiptólogos e foi traduzido gradualmente.

É interessante que até meados do século anterior não se conhecia o motivo do declínio dessa dinastia. Na verdade, há evidências de que o sistema entrou em colapso naquela época e durou até a dinastia IX.

Mistérios revelados graças a Estela da Fome

Quando este texto conhecido como a Estrela da Fome foi finalmente descoberto, muitos mistérios começaram a ser desvendados. Agora, as razões que mergulharam o Egito no caos total são conhecidas.

Na escrita narra-se que, no final da VII dinastia, iniciou-se um retrocesso econômico e social. A estela apresenta os seguintes aspectos: Descrição da fome, visita à Biblioteca de Hermópolis, revelações de Imhotep, as canções de Djoser e um decreto real. Entre as colunas localizadas entre a sexta e a vigésima segunda fala-se de materiais e métodos de construção, da décima primeira coluna à décima oitava Imhotep lista várias rochas e minerais da região Elefantina, e da décima oitava à vigésima coluna é descrito o sonho do rei.

Na parte superior direita, três divindades são representadas em pé, de perfil e olhando para a esquerda. As três divindades são: o deus Junm (originalmente o deus da fonte do Nilo), a deusa Satis (deusa do Alto Egito, protetora da fronteira sul do Egito, deusa da guerra, caça e fertilidade) e a deusa Anuket (deusa das quedas do Nilo e da Núbia). Diante dos três deuses, o faraó Zoser é representado, de perfil, olhando para a direita e com as mãos estendidas fazendo uma oferenda.

Análise das razões que causaram o período de fome e anarquia

Uma fome brutal e intensa afetou muito a situação e agravou o problema. O monarca estava preocupado com os efeitos no país, já que o Nilo não tinha água suficiente para irrigar os campos. Os egiptólogos explicam que naquela época o país estava dividido em Nomos organizados. Isso significa que havia territórios equivalentes a estados ou províncias e eram governados por monarcas. Esses líderes eram uma espécie de dirigentes selecionados pelo Faraó e treinados com certos poderes absolutos.

Em todo aquele tempo, a prosperidade do país dependia da subida do rio e depois que as águas baixassem. Esse processo garantiu o sucesso do cultivo, a semeadura, a coleta de alimentos e o sustento dos moradores.

Mas um dia toda a situação deu uma guinada inesperada, o que aconteceu? A Estela da Fome deixa claro que os monarcas não prestaram contas ao Faraó de maneira clara. Eles também não monitoraram adequadamente o nível da água e começaram a favorecer seus entes queridos, dando-lhes cargos de administração imerecidos.

Consequências negativas de irregularidades

Infelizmente, a economia estava afundando, o Faraó triplicou o número de nomos e negligenciou o trabalho de campo. Posteriormente, as colheitas foram diminuindo, o sistema de arrecadação de impostos e a irrigação deterioraram-se. Em pouco tempo, a atividade econômica atingiu níveis muito baixos devido à má gestão e organização. Devido à situação, que durou sete anos, os egípcios ficaram desesperados, famintos e violaram as leis do país, mergulhando a cidade no caos.

Busca por soluções

O faraó irritado e preocupado recorreu a Imhotep, o sumo sacerdote de Heliópolis para resolver o problema. Ele aconselhou o Faraó a implorar o fim da fome do "Senhor das Fontes do Nilo", o deus criador Jnum. É por isso que Imhotep viaja à cidade de Ermoúpolis para investigar os arquivos do templo "hit-Ibety", dedicado ao deus Thot (deus da sabedoria, da escrita, da música, dos encantos, do tempo e dos sonhos). Imhotep, após estudar os arquivos, informa ao faraó que na Ilha de Elefantina existe uma nascente sagrada de onde o deus Jnum controla a enchente do rio Nilo, por isso a rocha foi gravada em um lugar tão remoto.

Imhotep viaja para este local, purifica-se, oferece oferendas e ora ao deus Jnum por ajuda. O deus responde em seus sonhos e promete fazer com que as enchentes do rio Nilo voltem a correr. Depois de acordar, ele retorna ao Faraó para lhe contar tudo o que aconteceu. Esta é a situação relatada na Estelar da Fome, o Egito teve que viver as consequências desse mau comportamento no sentido governamental e embora não tenha sido um problema que foi resolvido em alguns dias (mas ainda sim rápido), após esse período terrível durante a Sétima Dinastia, o país sobreviveu.

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