Descoberta de um Avançado Complexo de Banhos Romanos Sob a Praia de Caños de Meca, na Espanha

19/03/2024

Sob as areias da praia de Caños de Meca, localizada na pitoresca região da Andaluzia, no sudoeste da Espanha, veio à luz um complexo de banhos da era romana, preservado de forma surpreendente. Este achado arqueológico foi realizado pela equipe da Universidade de Cádiz (UCA), que encontrou estruturas com mais de quatro metros de altura, revelando a magnificência do local.

Este local, provavelmente destinado ao relaxamento e descanso dos agricultores e pescadores da época, contava com um sofisticado sistema de aquecimento. O calor era distribuído através de um sistema subterrâneo que permeava paredes e pisos, criando um ambiente acolhedor para seus usuários.

No momento, foram escavadas apenas duas das várias salas que compõem o complexo, sugerindo que muitos segredos ainda aguardam ser desvendados neste sítio antigo que se estende por aproximadamente um hectare, conforme estimativas da UCA.

O abandono das estruturas no final da Antiguidade resultou na sua cobertura por camadas de areia, preservando-as até os nossos dias. A descoberta não se limitou às estruturas romanas; nas proximidades, também foram encontradas cerâmicas medievais datadas dos séculos XII e XIII.

Em um projeto de escavação distinto, conduzido pela UCA no Cabo Trafalgar, outra parte da rica história andaluza foi revelada. Ali, identificaram-se sete tanques de salga romanos, que variam em profundidade entre 1,5 e 2 metros, usados antigamente para a conservação de alimentos (imagem abaixo).

Próximo a esses tanques, um túmulo com 4.000 anos de antiguidade foi descoberto, ainda com restos mortais em seu interior, evidenciando a longa história de ocupação humana na região.

Patricia del Pozo, a ministra da Cultura da Andaluzia, expressou seu entusiasmo com as descobertas, salientando a importância da região como um ponto de confluência para diversas civilizações ao longo da história, enriquecendo ainda mais o vasto patrimônio histórico da área.

Fonte: arkeonews \ CNN